domingo, 9 de agosto de 2009

Não Quero Ser Um Cogumelo

O que escrever?
Um momento de silêncio...
Um momento de escuridão...

Paixões abandonadas...
Mortes anunciadas...
Desejos reprimidos.

Na cinza das horas,
Nada ví que iluminasse,
Somente cinza e horas.

Não, sim, talvez...
Dúvidas e certezas inconsistentes.
Sem o outro,
Falta do outro,
Insentido, asentido...
Final das véperas,
Morte na alma.

Depois, apenas me pergunto?
Por que perdemos a quem amamos?
Será uma perda, será algo ou só cinza e horas?

Principe Poetarum;
Não sou nada, nunca serei nada,
a vista disso, trago em mim
todas
amibiguidades
mundo!

Eu sou minha própria ambivalência,
ou o resto?
O que o Nada ainda não tocou!

Na busca do sentido,
Acho a revolta...
Acho o muro absurdo.

Com o quê?
Para quê?
De quem?
Sobre o que?

Apenas revolta...
Cinza e horas.

P.S: Na tentativa de achar um sentido cabalístico da vida, achei apenas sombras e pó. Ainda não consegui achar um título para os versos avulssos e duros, acima estão escritos, nem sei se acharei, pois o achado é o início da soberba do saber. Tudo é palha, vaidade e correr atrás do vento. Fico a pensar o sentido de toda a dor, why? Na cortina da ambivalência, um dia, em algum lugar, mesmo na eternidade, pois dizem que a eternidade é a satifação certa e moral de todos os desejos de felicidade, sinto que a resposta nunca chegará, e isso me angustia. Os sentimentos pululam, na alma perturbada do amanhã sem sol, sem dia e sem noite, minha vida assim o desejava, seria sempre o intermédio entre uma lágrima e um sorriso na ponte de tédio da existência. Hoje, vejo apenas, de forma crua e direta, lágrimas. Sei que os sorrisos chegarão, mesmo que venham no amanhã sem futuro e sem esperança; pois certa vez disse-me uma grande amiga, a quem dedico meus soluços de gratidão: " O sofrimento passa, dias melhores virão". Assim quero que aconteça, assim quero acreditar, como acredito na froça do amor sem nexo que borbulha por essa amiga misteriosa, um amor juvenil e senil, puro e lacivo, que sinto por esta amiga que me visita, sempre, em meus sonhos mais felizes e frustantes. Uma ode ao amor carrasco! Eu te amo!

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