domingo, 9 de agosto de 2009

Insônia

A noite era assim, como um dia que não passou. Um tremendo terremoto interior. Caminhando na alçada do tempo quedei curioso em saber qual destino me aguardaria depois da porta espessa, que levando o mistério da vida...
Estava lá, cru e frio diante da soberba realidade fulminante da minha verdade. Teci uma palavra de crédito para o meu coração fatigado de tanto esperar uma resposta do céu. O que seria de uma vida tão plena de coisas vazias como um sorriso de político, ou até mesmo do padre que dizia ser o enviado e um grande santo? Ainda não o sei de forma satisfatória, acredito mesmo que nunca o saberei.
Digo, sim, que conheço muitas coisas, mas o dia me desmente quando me mostra sua face tão antiga de tão nova. Reflexões de uma manhã sóbria e simples como apenas a mãe natureza é capaz de gerar. Palavras que se irão, pode-se assim dizer, afinal o papel é meu grande amigo! Sem doutrinas sobre letras e regras, sem manuscritos, apenas uma aceitação tácita, como se deve ter nos grandes momentos e desfechos da vida.
Uma lágrima e um sorriso, valem mais, vejamos... do que uma dúzia de soluços inacabados e sem sentido.
Sim sentido! Afinal, sempre existe um sentido naquilo que se diz sobre o passarinho alegre e cantarolante, na sua combinação de cores e de sons nunca antes pressentidos, sonhados e desejados por qualquer mortal, por mais imortal que se pareça.
Palavras amargas para desdizer o que realmente é: um projeto biológico fracassado.
Quando ,de fato, nos encontrarmos com o sentimento do mundo, sucumbiremos como uma tocha que se esvai sem seu azeite mal cheiroso.

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